Olá a todos! Lamento imenso só estar a postar hoje o novo capítulo, enquanto o mesmo devia ter saído na Segunda, mas com o regresso às aulas e todas as outras coisas, este semana ficou impossível, e não consegui mesmo vir! Prometo que para a semana não será assim! Bem, e agora fiquem com o segundo capítulo da fic "Perto Demais", escrito por Liza Cullen! Boas Leituras :)
- Boa noite meninas! – disse ele.
- Olá Dereck. Olha que milagre, tirei Bella da toca.
- Finalmente não é Bella? Ficou a semana toda tão calada.
- Você também Dereck? Já basta Alice o tempo todo no meu ouvido, a chatear.
- Relaxa querida, vamos curtir. E você Alice, quero conversar contigo depois.
- Só conversar? – olhei para ele sensualmente.
Ele riu e foi receber outros convidados. Bella olhava-me balançando a cabeça em reprovação.
- Que foi?
- Você é tão oferecida. Mais eu adoro-te mesmo assim.
- Bella, à quanto tempo você não "está" com alguém?
- Alice, isso é coisa para você perguntar aqui?
- O que tem demais? Você não é nenhuma santa.
- Ok... Digamos que a última vez foi com o Brad.
- MENTIRA? Aquele gatinho intelectual da faculdade? Bella, tem tipo... 6 MESES e lembrando que foi apenas duas vezes e que você perdeu a virgindade com ele.
- E daí? Não sou como você.
- Vamos dar um jeito nisso hoje à noite.
- Nem morta!
- Bella, deixa a estupidez de lado!
Sai a arrastar a minha amiga em direcção à pista de dança, para ver se ela animava um pouco.
PDV Edward
Sai do escritório e fui directo para o tal bar. Hoje eu não estava com muito stress, mas precisava de conversar com alguém. E esse alguém se chamava Isabella. Fazia uma semana que eu não aparecia por lá, na verdade, fui apenas naquela vez, mas o seu rosto não saia da minha cabeça de forma alguma, eu ficava apenas pensando nas suas palavras. Por um momento achei que o que ela me disse, daria certo, mas não. As coisas estavam muito pior do que antes.
Eu estava a dormir no quarto de hóspedes, eu e Rosalie mal nos falávamos. Mas na minha opinião, era melhor ficarmos sem conversar, do que ficarmos a discutir. A Sunny estava sentindo toda aquela tensão, por mais que ela não saiba de nada, nem sequer imagina a seriedade das nossas brigas, eu percebia que ela conseguia sentir através de mim e de Rosalie. A energia estava tão negativa que conseguíamos passar isso para nossa filha, que nada tinha a haver com isso.
Cheguei ao tal bar e fui directo ao balcão. Um rapaz veio me atender e eu procurei saber de Isabella no mesmo instante.
- Isabella, a Bargirl, está por aqui hoje?
- Hum... Lamento, mas não. Hoje ela tirou folga com a Alice, elas iam a uma festa.
- E quando posso encontrá-la?
- Bella estará aqui amanhã, pela tarde. Não sei se irá trabalhar durante à noite, então...
- Tudo bem então... Obrigado.
Eu estava mesmo decepcionado? Eu acho que sim. Pois quando o Barman me disse que ela não estava ali, a frustração invadiu-me. Voltei para casa e guardei o carro. Percebi que estava a acontecer a maior festa na casa de Dereck, que morava no final da rua. Suspirei... Se eu estivesse solteiro, se eu não tivesse sido irresponsável, poderia estar lá. Então entrei em casa e voltei a pensar da Bargirl. Que raiva, por que ela não estava naquele bendito bar?
PDV Bella
( Oiçam a música Love U Bad, de Vybz Kartel - http://www.youtube.com/watch?v=3PZQEbeo_SQ)
O local já estava lotado. A casa do Dereck era realmente enorme, grande até demais para alguém que mora sozinho. Alice chegou com dois copos de cerveja e me ofereceu um, aceitei sem exitar.
- Dereck está vindo até nós e vai trazer alguém. – ela disse
- Você vai dar hoje! – afirmei, isso era um facto. Quando a baixinha queria alguma coisa, conseguia.
- Você tem dúvidas?
Rimos e então vi Dereck se aproximar junto com um loiro maravilhoso, que eu nunca havia visto antes.
- Meninas, esse é meu primo, Louis. Ele veio de Londres para fazer um estágio em Harvard. Agora será nosso colega de Universidade.
- Olá Meninas. – disse ele delicadamente.
- Louis, essa é a doce e maravilhosa, Bella Swan e essa é a minha linda Alice.
- Sua? – ele perguntou rindo.
O loiro era alto, não era forte, mas era no ponto. Olhos claros, cabelos ondulados e compridos, Deus Grego, sem dúvidas. Pegável também.
( Foto do Louis - http://images.hitfix.com/photos/211278/AlexPettShirtlessPt_gallery_primary.jpg)
- Alice, o que você acha de nós irmos dançar um pouco e deixar Bella e Louis se conhecendo melhor?
- Acho uma ÓPTIMA ideia Dereck, vem...
TE MATO ALICE!
Ela saiu puxando Dereck pela mão e me deixou ali, sozinha com ele. Que maravilha, onde eu escondia minha cara agora? Eu matava esses dois, juro.
- Então Bella, tem quantos anos, que mal lhe pergunte?
- 19 anos.
- Adolescente ainda. – não gostei – Estou brincando.
- Ok, e você?
- 21 anos.
- Não pode falar muito de mim, saiu da adolescência faz pouco tempo. – rimos
- Então, faz faculdade de quê?
- Hãm, Direito. Não sei se é bem o que eu quero, mas...
- Mas se arrisca. Sei como é. Solteira?
- Totalmente. Não sou do tipo que... Mantém relacionamentos longos, duradouros e saudáveis.
- Entendi... Então, mais uma cerveja?
- Claro.
Ok, agora eu tinha que concordar com Alice. HOJE TEM!
[...]
Muitas cervejas depois, eu já estava mais que alegre e aquela tal de Louis tinha uma conversa muito boa, gostei dele, de verdade. Estávamos-nos a divertir bastante, no auge da nossa conversa, quando Alice chegou atrapalhando e me puxando para um canto.
- É o seguinte amiga, se quiser ir embora pode ir e de preferência leva o Louis contigo. Vou ficar aqui essa noite.
- Espera, você vai dormir aqui e está sugerindo que eu leve o Louis para a nossa casa?
- Isso! Tira o atraso Bella.
- Alice eu...
- Beijo! Dereck está a minha espera.
Ela nem sequer me deixou terminar, já tinha desaparecido na pista da dança. Alice me colocava em cada furada. Ok, assumo que ele bem giro, pegável e estava com vontade de ficar com ele sim. Mas também não era dessa forma né? Voltei para perto de Louis que segurou na minha cintura e disse:
- Vamos para um local mais reservado?
- Hãm... Claro.
Saímos de dentro da casa e entramos no seu carro.
- E então, para onde vamos?
- Vamos lá pra casa, comprei um vinho maravilhoso hoje de tarde.
Quando é que eu me tornei assim tão cara de pau e directa? Não me estava a reconhecer. Tudo isso era falta de sexo no organismo? Chegamos em casa e quem disse que pensamos em vinho? Partimos para o ataque. Não sobrou nada, nem os sapatos.
[...]
Enrolei-me no lençol e fui até a casa-de-banho lavar o rosto. Escovei os dentes, passei um pente no cabelo e coloquei um short qualquer com uma camiseta. Quando voltei para o quarto ele estava sentando na cama, olhando para os lados. Se assustou também né?
- Bom Dia! – eu disse.
- Oi, Bom dia!
- Dormiu bem? – disse sentando-me na beirada da cama evitando contactos físicos e tentando parecer tranquila.
- Muito bem. Aliás, que horas são agora?
- Hãm... 8h em ponto.
- Caraças, tenho estágio às 9:00.
- Vem, vamos tomar um café então, depois você vai.
Tomamos café e trocamos telefone, logo depois ele foi embora, dando-me um beijo de despedida. Joguei-me no sofá a fim de correr para extravasar. À noite que era para ser relaxante, foi mais banal do que nunca. Ele não tinha nada que me surpreendesse.
Fui até o quarto e vesti um short soltinho preto, fiquei com a regata mesmo, calcei uns ténis e sai para correr. Aproveitei para reflectir em tudo que estava a acontecer, no que tinha acabado de acontecer e no porquê de eu ter deixado isso acontecer.
Está certo que eu fiquei afim no início, mas hoje, quando acordei, bateu um arrependimento total. Sentia-me desconfortável e um pouco enojada, mesmo tendo 19 anos, sendo maior de idade, morando sozinha, totalmente independente, eu não me sentia bem fazendo isso. Dormindo com qualquer um, em qualquer noite, sempre que quisesse. Por mais cabeça aberta que eu fosse, eu ainda era romântica. Tento imaginar como Alice consegue... É claro que não é sempre, mas de vez em quando ela dá esses surtos. Na verdade, acho que eu sou uma das poucas garotas românticas que existe hoje.
Não sei se estava correndo naquela velocidade toda pelo parque para tirar as cenas da noite passada de minha cabeça, ou mesmo para me distrair e descontar minha irritação na corrida.
[...]
Depois de um longo período a correr, parei para comprar uma água e descansar. O sol estava quente, era início de primavera e as flores do parque estavam desabrochando, o local estava lindo, repleto de crianças. Sentei-me num banco e para minha surpresa, reconheci na mesma hora a pessoa que estava há alguns metros de distância de mim. Dono de uma T-shirt branca, calça jeans pretas, ténis pretos da Nike e uma latinha de coca-cola na mão... Como foi fácil reconhecer Edward Cullen.
Estava ainda mais bonito com o sol batendo no seu rosto, deixando seus olhos verdes ainda mais profundos e seu cabelo cobre num tom de dourado maravilhoso.
Baixei os olhos e só então vi a pequena pessoa que estava ao seu lado, segurando sua mão. Era uma menina linda. Lindas afeições, pele extremamente branca de bochechas rosadas, cabelos castanhos cortados com franja e olhos claros, os olhos de Edward. Ela segurava uma boneca com um braço e com o outro segurava a mão dele, como era linda. Essa só poderia ser a pequena Sunny, a filha.
( Foto da Sunny: http://sobretudinho.files.wordpress.com/2010/02/suri-1.jpg)
Ele aparentava ter extrema paciência com a filha e quando olhou para ela deu-me a entender que a sua vida estava ali, como se fosse um reflexo. Aquilo encantou-me. Por um momento achei que poderia ficar ali, no meio do parque, observando os dois. A pequena pareceu pedir colo e ele atendeu ao seu pedido gentilmente, brincando com seus cabelos.
O peso de consciência tomou conta de mim. Como eu pude pensar nesse homem durante uma semana inteira? Um homem casado, e parecia ser bem casado, mesmo com os conflitos do casamento. E que tinha uma filha, na qual era bem óbvio que ele amava, amava até demais, como se ele dependesse dela para viver.
Quando os olhos de Edward vieram na minha direcção, resolvi virar-me, era melhor se ele não me visse, isso se ele me reconhecesse. Seria agir de má fé se eu continuasse naquele lugar, onde eu corria o risco de esbarrar com ele e perder meus sentidos e minha sanidade.
Voltei para casa e Alice já havia chegado, ela queria detalhes da noite passada, o que eu não tinha, diferente dela.
- Então, conte-me tudo.
- Não tenho muito pra contar.
- Iiih, estou até vendo. O que aconteceu? Algum problema com ele?
- O problema não é ele Alice, sou eu.
- Vocês dois não...
- Sim!
- Então qual é o problema?
- Eu não gostei, estou meio que arrependida.
- Impossível! Ele deve ser muito ruim de cama para você não ter gostado.
- Não é isso, como eu disse, eu sou o problema. Sei lá o que esta acontecendo, mas eu não me senti bem quando acordei. Está bem que ontem à noite foi bom, ele era gentil e carinhoso, falou coisas lindas, mas para mim não foi o suficiente. Ele disse as palavras certas, as palavras perfeitas... Que eu não queria ouvir.
- Que você não queria ouvir da boca dele, seja mais específica.
- Da boca de quem seria então?
- Não faço ideia amiga.
- Mais conte-me você... Da sua tão magnífica noite com o Dereck.
- OMG! Ele é P.E.R.F.E.I.T.O.
Alice insistiu em contar detalhes da sua noite com toda a escitação e eu ouvi pacientemente. Conversar com ela deixava tudo sempre bem mais fácil. Por fim, resolvi contar de uma vez quem eu havia encontrado no parque.
- Vi Edward Cullen no parque, enquanto estava correndo.
- A sério? E aí?
- E aí que eu não deixei que ele me visse, é claro. Ele estava com a filha.
- Por que não deixou? Só porque ele estava com o pacote?
- Alice, não fale da menina dessa forma.
- Só estou brincando e lembre-se que quem deu o apelido foi você. Mas fala, como ela é?
- Linda! Parece uma boneca de porcelana de tão linda. A mãe deve ser muito bonita. E ele então... Oh meu Deus, estava ainda mais lindo.
- Agora eu sei o motivo de você não ter gostado da sua noite. Esse homem ai. Está desfalecendo em paixões por ele.
- EU? Está doida Alice? Ele é casado.
- Como se eu não te conhecesse. Se eu fosse você deixava de ser louca e pegava ele de jeito.
- Ele já nem se deve lembrar que eu existo, para início de conversa.
- Como pode ter tanta certeza disso?
- Ele não apareceu mais no bar desde aquele dia.
- Ok, ok! Vou tomar um banho pra gente almoçar, temos que ir ao bar hoje certo?
- Certo. Vai lá que eu também vou.
Logo tomamos um banho e fomos almoçar em um restaurante de comida mexicana. Iríamos até o bar depois disso ver se trabalharíamos mais tarde ou não. Alice estava meio inquieta, o que me deixou curiosa.
- O que foi Alice?
- Dereck disse que iria me ligar, na hora do almoço e ainda não ligou.
- Vai ver que aconteceu alguma coisa.
- É, vai ver...
Fomos até o bar que estava vazio, com cadeiras para cima e os meninos passando panos no chão, deixando tudo bem limpinho.
- Assim que eu gosto de ver, toda a gente trabalhando. – disse brincando.
- Fala ai Bella, Alice... Os patrões estão por ai.
- Eles já chegaram da viajem por Inglaterra, Matheus? – perguntou Alice
- Já sim, e disseram que foi muito PUNK – ele disse a palavra punk fazendo aquele sinal de rock com as mãos e mostrando a língua, eu e Alice rimos.
O Sr. E Sra. Houston é um tipo de casal muito louco. Eram totalmente Rock’n roll, não estavam nem ai para nada e não tinham filhos. Sem falar que possuem uma mansão maravilhosa aqui em Cambridge, mas como eles se dizem “sem rumo” quase não ficam lá. Juane e Megan Houston são donos de vários bares e boates que estão espalhados por todo o EUA. E agora estão abrindo um bar em Inglaterra, o que os faz ir frequentemente para lá.
E como dever de duas boas funcionárias que somos, eu e Alice fomos até o escritório do Sr. Juane, cumprimentá-los e perguntar sobre a viajem. Assim que batemos na porta e entramos, a imagem que vi não me assustou, não era algo que eu não estivesse acostumada quando o assunto era os Houston.
Megan, com seu forte cabelo vermelho tingido e seus olhos azuis, segurava a Lulu, sua cadela, toda vestida de preto. Já Juanes, estava com seu longo cabelo negro e liso solto, todo de preto e com seus óculos azuis. Lembro-me da primeira vez que os vi, não foi nada bom.
( Foto de Juane e Megan Houston -http://d.yimg.com/br.yimg.com/pi/news/071128/ydownload/i/ca-ea12156837f1c980d09974231db26794.jpeg)
- Minhas meninas, que bom que chegaram. Quantas saudades. Trouxe presente para as duas. – disse Megan.
Ela era do tipo mãezona. Como eu e Alice fomos às únicas mulheres a trabalhar no seu bar, ela achava que tinha que tomar conta de nós, achava que tinha de ser mãe, já que morávamos sozinhas tão jovens. E não era diferente com Juane.
- Que bom que chegaram, estávamos com saudades. – eu disse
- Verdade, contem-nos tudo sobre Inglaterra. - implorou Alice.
Conversamos animadamente sobre a viagem e sobre o movimento do bar. Eles estavam empolgados demais com as novas ideias que traziam de Londres, queriam mudar o bar, transformá-lo em uma boate.
- O que acham da ideia? – perguntou Juanes.
- Adorei! – respondemos em uníssono.
- Que maravilha. Cambridge foi tomada por jovens, então acho que uma boate seria mais apropriada.
- Concordo Sr. Juanes, mas devo avisar que deve continuar também com a área mais reservada, aqui é uma cidade de advogados praticamente, então...
- É, a Bella tem razão. Além de jovens, recebemos muitos clientes mais maduros, que querem apenas uma música relaxante e tomar uma cerveja. – afirmou Alice.
- Claro, estão certíssimas. Anotarei todas as ideias e irei planejar tudo. E vocês, irão trabalhar à noite?
- Viemos saber disso.
- Ah, então venham. Sábado costuma ser mais movimentado e vocês são a atracção e simpatia de nosso bar.
Depois de mais conversa voltamos para o salão do bar e sentamos-nos no balcão para conversar um pouco com Matheus, que era um “faz tudo” daqui.
- Então Math – apelido que demos pra ele – como foi ontem? – Alice perguntou.
- Bem movimentado. Aliás, vieram te procurar aqui Bella.
- EU?
- ELA?
- Aham. Um rapaz alto, com a maior pinta de galã, de terno, cabelo meio cobre, olhão verde... Queria saber de você e quando eu disse que não estava, ele ficou com uma cara de decepcionado.
- Não deixou nome?
- Ih, não. Mas eu também não perguntei.
Alice me deu uma cutucada e piscou. Eu não entendi o que ela quis dizer, então a puxei para um canto e perguntei:
- O que foi?
- Como, O QUE FOI?
- Por que me cutucou?
- Bella, acorda para vida. Quem você acha que veio te procurar?
- Não faço ideia.
- Ai lesada. Só pode ser o tal de Edward. Quem mais seria?
Então as palavras de Matheus virem em minha cabeça: “Um rapaz alto, com a maior pinta de galã, de terno, cabelo meio cobre, olhão verde...”
OMG, ERA ELE? SÓ PODERIA SER!
- Alice... E se for ele?
- Espero que seja mesmo ele, para ver se você sai dessa paranóia.
- Não, não pode. Ele é casado. O que ele ia querer comigo?
- Desabafar ué. – disse brincalhona.
- Não brinquse com isso Alice, não quero problemas para mim.
- Poxa Bella, relaxa amiga. Às vezes não era nada demais, ou até mesmo nem seja ele.
Ela estava certa, talvez nem fosse ele, mas só eu sei o quanto eu queria e o quanto eu não queria que fosse.
Voltei para casa sozinha já que Alice foi até a casa de Dereck, eu disse para ela não ir, mas a louca insistiu, então resolvi não discutir, quando ela queria algo, ninguém conseguia entrar na sua frente. Quase uma hora depois ela chegou, desesperada, aos prantos.
- Alice, o que aconteceu? – levei-a até o sofá e desliguei a TV, me sentando de frente para ela.
- E-e-u f-u-u-i lá-á né, mas ai ele... BUÁAAAAAAAAA! – eu não estava entendendo nada.
- Alice, para de chorar e me conte o que aconteceu.
- Eu fui lá na casa dele a-a-ai quem me atendeu foi uma ruiva, ai eu disse que eu queria falar com o Dereck. Ela me tratou mal, mas o chamou. Ele veio falar comigo no meio da rua, dizendo que aquela rapariga era a noiva dele que morava em NY e que veio passar o final de semana aqui, para fazer uma surpresa. Ele enganou-me.
Abracei-a e deixei que ela chorasse. Coitada da minha amiga, como ele foi capaz de fazer isso com ela? Minha vontade era de ir à casa do cretino e falar umas verdades para ele e para a noiva, mas me contive, Alice precisava mais de mim agora. Depois eu resolvia meu problema com Dereck.
- Amiga, não fique assim. Ele não merece suas lágrimas ok? Você é linda, tem qualquer homem na sua mão, não vai sofrer logo por ele.
- Mas eu estava gostando dele, queria ficar com ele.
- Eu sei, mas não vale à pena. Você já superou tantas antes Alice, essa você supera também.
Ela se levantou e me olhou com um sorriso enorme, com os olhos borrados de lápis de olhos.
- Já sei!
- O que foi?
- PEGA O POTE DE SORVETE NO FREEZER.
Quando ela terminou sua frase, eu sabia que aquela tarde seria à tarde das meninas. Sempre fazíamos isso quando uma de nós estava na depressão. Fui até a cozinha e fiz o que ela pediu. Sentamos-nos no chão da sala e ficamos assistindo “De volta para o futuro”. Era o nosso filme favorito, mesmo que fosse antigo.
[...]
Já se passava das 22h, eu estava a acabar de me arranjar para irmos para o bar. O visual que costumávamos usar durante o serviço era algo bem “punk” assim como nossos patrões, muitas vezes eles até compravam muita coisa para gente. Eu e Alice nem amávamos.
- Então, estou bem?
- Como sempre. – respondi para ela.
( Foto da Roupa da Alice - http://www3.pictures.zimbio.com/bg/Blake+adjusts+straps+set+PHoJvJv27U0l.jpg)
Eu estava mais informal. Tinha vestido uma camisola preta, que deixava a barriga de fora, com uma blusa larga de xadrez azul por cima, short cinza e botas pretas.
( Foto da roupa da Bella - http://izismile.com/img/img2/20090812/bonus/5/taylor_momsen_08.jpg)
- Gostei do estilo... “Despojada e Sexy” – comentários deste tipo sempre vinham de Alice.
- Ok, ok despacho de grife ambulante, vamos trabalhar.
Apanhamos um táxi e fomos até o bar. O local já estava lotado e hoje como era sábado, ficava ainda mais movimentado. Eu e Alice nos dirigimos para o outro lado do balcão e nem avisamos que havíamos chegado, começamos a preparar os drinks e a atender os clientes. Um rapaz que aparentava ter seus 16, 17 anos parou no balcão e pediu uma cerveja:
- Posso ver o seu bilhete de identidade? – eu disse.
- Porquê?
- Você não aparenta ser maior de idade. Seu B.I. por favor.
- Não sou obrigado a mostrar.
- Ok, não me mostra e bebe refrigerante.
Ele bufou e saiu da minha frente. Eu ri. Esses jovens são uma piada. Achando mesmo que conseguiriam me passar a perna. Alice que estava ao meu lado fazendo um Drink Brasileiro, a tal de Caipirinha, cutucou-me.
- Que foi? – perguntei.
- Olha para a entrada.
Olhei, e então eu o vi. Ali, parado, observando com os olhos inquietos, em busca de alguma coisa, ou de alguém... Com uma calça jeans preta, uma camisa vermelha com uma jaqueta preta por cima, os mesmos ténis de mais cedo e um sorriso perfeito.
- Eu disse que ele voltaria.
- Alice... Não pode ser.
- E eu não o reconheceria, Bella? Quando o homem é bom, eu tenho memória fotográfica amiga.
- Eu... Esconde-me.
- Hein? Você não irá falar com ele?
- Shhh, ele esta vindo.
Agachei-me e fiquei escondida em baixo do balcão. Alice tossia muito e estava ficando vermelha, ela detestava ficar em situações assim.
- Boa Noite! – meu coração parou ao ouvir sua voz.
- Boa! – respondeu Alice.
- Eu poderia falar com a Isabella?
- Hãm... A Bella? Er... Er... Tipo... – Alice parecia um disco arranhado, por fim, dei um chute em sua canela e ela destravou – a Bella está com dor de barriga então não veio trabalhar hoje.
Eu mato a Alice. Dor de barriga? Ela não tinha desculpa melhor? Ah, eu mato-a.
- É que eu estive aqui ontem e ela também não estava.
- Tiramos uma folga ontem.
- Você é amiga dela?
- Melhor amiga, moramos juntas. – ela tinha que ficar dando tantas informações?
- Faz-me um favor?
- Claro- Diga a Bella que Edward Cullen a procurou... Hm, provavelmente ela nem se lembra de mim, mas não custa nada tentar certo? E se possível, entregue esse cartão a ela, por favor. Fale para ela me ligar...
- Edward Cullen? Claro, aviso sim.
- Obrigado... Hãm... Qual seu nome?
- Alice, Alice Brandon.
- Prazer Alice. – vi a mão dele atravessando o balcão e apertando a mão de Alice – então eu vou indo. Obrigado...
- Que é isso! Boa Noite para você.
Depois disso não ouvi mais nada, apenas o sorrisinho sacana de Alice. Esperei o tempo de ele sair do bar e me levantei vermelha de raiva.
- Dor de barriga? Não tinha nada melhor para dizer?
- Você sabe que eu não penso bem sob pressão.
- E você tinha que dar tanta informação assim?
- Ah Bella, relaxa. Ele é um gato.
- E é casado.
- Deixa de ser parva, ele deixou até o cartão.
Tomei o cartão de suas mãos, ele era pequeno, branco com detalhes azul marinho.
Escritório de Advocacia
Edward Anthony Masen Cullen
885-5264
Minhas mãos trémulas seguravam aquele pequeno pedaço de papel. Deus, eu estava aflita, completamente perdida. Sem saber o que fazer. Alice me olhava cheia de curiosidade, não estávamos nem aí para os clientes, isso era visível.
- Você vai ligar não vai?
- Não vou, não posso.
- Você pode sim. Está com os quatro pneus arriados por ele.
- Alice, deixa a estupidez de lado. Eu só o vi três vezes.
- E o que tem demais? Você pode muito bem gostar dele amiga.
- Eu não gosto dele, Alice.
- Então porque foge?
- Porque ele é CASADO. É proibido para mim.
- Não vai ser proibido no dia que você deixar de ser tão dramática. E tipo, ele é que te está a procurar, não é você que esta atrás dele, Bella.
- Eu sei, mas da mesma forma. Não irei procurá-lo.
Peguei no papel e rasguei-o em pedaços. Eu estava mais que decidida, não iria procurá-lo de forma alguma.
P.S. - Espero que gostem! E já agora, desculpem pela demora! Sei que as fanfics estão em atraso, mas estou a tratar do assunto!
Twikiss :)
1 comentário:
Adorei *.*
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