Pronta, e aqui fica mais um capítulo. Este é um pouco diferente, mas vão já ficar a perceber porquê com a nota da autora! Boas leituras ;)
POV Edward Cullen
Acordei mal-humorado, afinal de contas hoje era segunda-feira e a segunda feira não era, definitivamente, o meu dia preferido da semana, depois de todas as farras e das corridas do fim de semana eu acordava com vontade de muita coisa, mas ir para as aulas não era uma delas. Olhei para as horas e vi que quase metade da manhã já tinha passado. Boa Edward, mais uma aula perdida. Segunda-feira era também o dia em que eu, invariavelmente, acabava sempre por faltar, não que eu também não faltasse noutros dias, mas à segunda era sagrado. Eu sabia que era fundamental ir para a escola para ter um futuro digno, mas eu simplesmente não conseguia pensar a longo prazo, tudo o que eu faço e sempre fiz era viver intensamente cada dia, como se fosse o último, para quê fazer planos se geralmente as coisas nunca saem como queremos? Eu não queria tornar-me um frustrado por não conseguir atingir algo que tivesse planeado para mim, ou se calhar eu não tinha é uma verdadeira motivação. Apesar de tudo eu nunca tinha reprovado, mesmo estudando muito pouco em casa e faltando às vezes às aulas eu conseguia tirar boas notas, porque quando ia eu prestava atenção, e a matéria encaixava-se bem e rapidamente na minha cabeça.
Levantei-me meio a contragosto e fui tomar um banho, para ver se despertava de vez, depois enrolei uma toalha em torno da cintura e lavei os dentes. Abri o armário à procura do que vestir e escolhi umas calças jeans e uma blusa azul-marinho, calcei as minhas adidas, dei um jeito no cabelo – nem sei porque me dava ao trabalho, ele era naturalmente revolto, indomável – e já estava pronto. Pus a mochila ao ombro e fui em direcção à cozinha, depois de pegar numa maçã e nas chaves do meu volvo fui embora. Eu morava perto da escola, eram uns dez minutos de caminho, e se me despachasse podia ser que ainda fosse a tempo da segunda aula da manhã… Se não chegasse a tempo, paciência. Quando cheguei à escola estacionei no sítio do costume e fui em direcção ao bloco onde teria aulas, contudo não cheguei à sala, a Jéssica, que estava à procura de alguma coisa no cacifo dela, viu-me e deu logo um sorrisinho malicioso. Eu bem sabia o que ela queria, e como é óbvio não ia negar. Outro motivo para eu faltar às aulas era o “chamamento” por parte da maioria das raparigas deste colégio, ansiosas que eu as comesse em qualquer canto mais discreto, ou não. A Jéssica (Começa agora o trecho erótico) até era bonitinha, por isso não seria nenhum sacrifício para mim, aliás, se elas adoravam ser traçadas eu adorava traçar. Puxei-a para o armário das limpezas e logo, sem qualquer conversa prévia, fui começando com uma das coisas que sabia fazer melhor, ela estava de mini-saia, o que facilitava tudo.
- Humm Edward, tu és tão bom… - gemeu, enquanto eu já lhe descia as cuecas. Eu não estava com muita paciência para preliminares, o que era hábito, eu iria fazê-la gozar, gozar e depois ir embora, geralmente trocávamos poucos ou nenhuns beijos, fisicamente era muito satisfatório, mas não havia nenhuma emoção ali, e por incrível que pareça eu considerava o acto de beijar algo demasiado íntimo.
Abri a blusa dela de botões e tive fácil acesso aos seus seios, pois ela não estava com sutiã. A Jéssica, por sua vez, já tinha aberto o fecho das minhas calças e envolvido o meu membro com as suas mãos, eu tinha que admitir, ela era boa naquilo. Ansioso por alcançar a liberação física e o auge do prazer tirei um preservativo das calças e já ia colocá-lo, mas ela deteve-me, pegou nele sinalizando que ela mesma faria aquilo. A Jéssica rasgou a embalagem e colocou o preservativo com a boca, dando depois algumas sugadas.
- Huummm. – gemi, a sensação era prazerosa, a minha mão foi automaticamente para o cabelo dela, guiando-a. Quando me cansei daquilo empurrei-a contra a parede e penetrei-a, eu não queria perder muito tempo.
- Ahhhhhhh Ed… Isso, assim… - ela gemia enlouquecida com o prazer que eu lhe proporcionava. Eu também já estava morto por gozar, por isso meia dúzia de investidas depois, já após ela ter alcançado o seu ápice, eu cheguei ao meu. Vesti-me rapidamente para sair logo dali, mas Jéssica segurou-me por um braço.
- Edward ( acaba aqui o trecho erótico), soubeste da festa que vai haver logo há noite em casa do Tyler? – perguntou, é claro que eu sabia, o Tyler era da equipa de pólo aquático e convidou-nos logo a todos, prometendo uma festança regada a sexo e a mulheres, como de costume, mas eu ainda não tinha confirmado se ia ou não… – Então, eu pensei que podíamos ir juntos… - deixou no ar. A minha mente alertou-me de imediato para me afastar, eu definitivamente não queria isso. Aparecer com ela na festa, em frente a todos, era algo que eu não ia fazer nem nunca faria, era quase como mostrar que havia um verdadeiro vínculo entre nós, uma relação, e eu podia apostar que ela depois iria anunciar aos quatros ventos que era minha namorada, o que definitivamente não era. A Jéssica até era uma miúda porreira, mas eu nunca a assumiria como minha, não uma miúda que se entregava facilmente a qualquer um, que já tinha sido comida por metade da população masculina da escola, e por quase todos, ou mesmo todos, os jogadores da minha equipa. Eu não misturava as águas, fazer sexo com ela até que era bom, mas não passava disso, não havia qualquer sentimento envolvido, pelo menos não da minha parte, e um bom sexo eu podia obter com muitas outras raparigas, sem me comprometer. Ela já me conhecia, já sabia como eu agia, se calhar está na altura de reforçar a ideia e de me afastar por uns tempos, eu não queria que ela criasse esperanças que nunca seriam verdadeiras.
- Jess, sabes que não é assim que funciona entre nós… - disse, esperando que ela entendesse e não insistisse nisso.
- Humm, tudo bem, pode ser que a gente se veja por lá então… - sorriu, mas eu podia perceber que era um sorriso forçado. Já me tinha virado para ir embora mas parei quando percebi que ela ia dizer mais alguma coisa, no entanto não me virei de novo para ela. – Ah, adorei o nosso momento à bocado Ed… - Acenei com a cabeça e continuei o meu caminho, é, definitivamente eu tão cedo não traçaria a Jéssica, teria de dar um bom tempo antes de sair com ela.
Mais uma aula perdida, bem, ainda iria à última aula antes do almoço, que era noutro bloco. Pelo caminho encontrei o Jasper, o meu melhor amigo desde sempre e namorado da minha irmã, ele teria a mesma aula do que eu agora.
- Então meu, chegaste só agora? – perguntou, depois de me dar um leve murro no ombro.
- É, adormeci… E mal cheguei à escola dei de caras com a Jéssica, então pronto, já sabes… - deixei subentendido o que tinha acontecido, ele não era burro, sabia ao que eu me estava a referir.
- Sem comentários… - troçou.
- Eu sinceramente não sei como nunca adormeces, depois de tudo… - disse, mais para mim mesmo. O Jasper era meu parceiro nas corridas e muitas das vezes ficava nas comemorações que se seguiam a elas – onde rolava desde muito álcool a droga, mas ele nunca, nunca mesmo deixava de vir à escola de manhã.
- Tu sabes, quanto mais depressa chegar aqui mais depressa vejo a tua irmã… - disse com aquele brilho nos olhos que sempre aparecia quando ele falava dela, soa meio gay dizer isto, mas a realidade é que com ela ele é outro Jasper, e apesar de todas as divergências eles já namoram à alguns anos, eu sabia que a minha maninha não podia estar em melhores mãos, até porque de contrário – se qualquer otário ousasse magoá-la minimamente - não ia sair ileso da história.
- O amor é lindo… - gozei, fazendo uma voz fininha.
- Idiota. – entrou na brincadeira, dando-me um murro no ombro.
Entramos no bloco e fomos para a sala de Inglês, sentei-me no meu lugar já recebendo olhares furtivos de algumas miúdas; ignorei, eu já tinha perdido a última aula desta disciplina e teria que estar atento para recuperar a matéria. A aula passou rapidamente, e eu já estava dentro do assunto. Arrumei as coisas e quando ia a sair da sala dei conta que me tinha esquecido do equipamento para a aula de educação física, merda! Teria que ir a casa buscá-lo. Fui directo para o meu volvo e depois para casa. Subi para o meu quarto e peguei no meu saco, eu já o tinha preparado ontem; já que estava em casa ia almoçar por aqui mesmo. Aqueci rapidamente uma comida qualquer pré-preparada no microondas e comi, depois arrumei o meu prato e fui outra vez para o meu quarto. Depois de escovar os dentes deitei-me na cama, ainda faltavam uns quarenta e cinco minutos para a aula da tarde, por isso dava tempo de descansar um bocadinho, adormeci rapidamente, a noite tinha sido realmente cansativa.
Acordei sobressaltado e olhei para o relógio, porra, a aula ia começar agora mesmo! Cocei os olhos e depois de pegar no saco corri para o carro, se conduzisse rápido chegaria pouco tempo atrasado, o treinador Clapp também era bem porreiro, por isso não iria implicar comigo, espero eu. Cheguei à escola em pouco mais de cinco minutos e fui apressadamente para o ginásio, pelo lado de fora vi que já lá estavam todos, o treinador devia estar a falar dos projectos para o ano lectivo, ele já me tinha dito, pousei o saco no balneário e fui em direcção à zona das bancadas, como não sabia se faríamos aula a sério hoje não me equipei. Ia calmamente para lá, sem olhar para ninguém em particular, quando me apercebi que o treinador Clapp estava a falar de mim.
- A falar de mim professor? – perguntei. Só nesse momento é que virei o rosto na direcção da pessoa com quem ele falava e a imagem que tive tirou-me o fôlego, ali, bem à minha frente, estava a coisa mais bela que eu já tinha visto na vida, a coisa mais perfeita em que os meus olhos já pousaram até hoje. Ela era ímpar, possuidora de uma beleza singular. O seu rosto angelical, de pele clara, era emoldurado por longos cabelos escuros, o nariz pequenino e a boca rosada, ela era pequenina mas de formas adoráveis, uma perfeita bonequinha. Eu não conseguia desviar o olhar do seu rosto, era como se os seus misteriosos e doces olhos castanhos me tragassem através de uma devastadora força invisível. Eu estava, no mínimo, hipnotizado.
- Errr, Edward, Isabella é a aluna nova, bem, acabei de falar dos novos projectos e do novo tipo de aula que vamos ter e como a senhorita Swan não sabe nadar – explicou, ela parecia tão frágil, tão delicada… - eu pensei que pudesses ajudá-la. – Já disse que o treinador Clapp é o meu professor preferido? Parecia sorte demais que logo eu tivesse sido incumbido de ajudá-la… Eu ainda não tinha conseguido desviar os meus olhos dela, Deus, eu ainda devia estar sobre o efeito da cannabis de ontem.
- Claro professor, vai ser uma honra. – respondi convicto, e não podia estar a ser mais sincero. Eu realmente ia adorar ensiná-la, passar as tardes com ela…
- Então classe – disse ele, virando-se para a restante turma – por hoje estão dispensados. – Edward, tu e a Isabella combinem os horários das “aulas particulares”, na próxima semana já começo com as aulas de natação, ok? – então o anjo tinha nome? Isabella… Soava tão bem aos meus ouvidos o nome dela, tão natural.
- Pode deixar professor, eu e a Isabella tratamos disso. – dizer o seu nome em voz alta ecoou ainda melhor, parece que o seu nome tinha sido criado para eu o sussurrar ao seu ouvido.
- Ok, vou indo então – despediu-se, nem lhe respondi, estava demasiado empolgado com a ideia de estar agora a sós com Isabella.
- Então Isabella – sorri, sinceramente feliz por estar ali a sós com ela – agora somos nós os dois.
Ela não me respondeu de imediato, parecia perdida em pensamentos enquanto olhava para mim, ela era tão encantadora, eu realmente não me importava de ficar ali só a observá-la, mas eu estava ansioso por ouvir a sua voz, então pigarreei, resgatando-a dos seus devaneios, que, ao que parece, me envolviam. Eu ansiava que ele tivesse gostado de mim.
- Err.. – começou, hesitante – Parece que só restamos só nós dois mesmo. – confirmou, dando um pequeno sorriso tímido e corando levemente. Eu pensava que era impossível ficar ainda mais fascinado por ela, mas estava enganado. Além de ter adorado o som da sua voz vê-la enrubescer deu-me uma vontade louca de lhe acariciar as faces, ela ficava tão mais bonita assim corada.
- Edwaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
- Afinal parece que já não somos só nós os dois. – pareceu-me ouvi-la dizer. Porra! Eu ia acabar com isto e era agora.
- Não Tânia, não vai haver saída nenhuma. E não vês que eu estou ocupado? – resmunguei, arreliado, enquanto tirava o braço dela do meu, nós nunca tínhamos andado de braço dado e ela agora vinha aqui forjar uma intimidade inexistente. A Tânia era outra com a qual eu não faria sexo tão cedo, ou nunca mais.
- Novamente ocupado Edward? Já na hora de almoço estavas ocupado não? Só que dessa vez com a Lauren… - o quê? Eu nem tinha estado na escola! Ela estava a irritar-me seriamente, eu sentia a ira borbulhar, eu nunca tinha sido muito paciente, e se ela continuasse a destilar veneno desta maneira eu não sei o que faria, não sei se conseguiria conter a minha raiva por muito mais tenso. Saber que a Isabella estava a presenciar tudo isto deixava-me ainda mais apoquentado. – Eu não me importo querido, não sou ciumenta – falou cínica, que vontade de torcer aquele pescoço! Isto não ficaria assim, mas tarde eu falaria com ela – Liga-me então quando der para estarmos juntos novamente – vai esperando, nunca mais teríamos qualquer tipo de contacto. Ela ainda ousou beijar-me! Desviei de imediato o rosto, afastando-a bruscamente. Pelo canto do olho vi a Isabella desviar o rosto, e isso serviu para a minha cólera subir ainda mais, eu nem queria pensar na imagem que ela acabou de criar a meu respeito. Baixei o rosto – Tchau Bella – falou para ela.
- Tchau Tânia – a Isabella falou baixíssimo, eu não sabia como proceder agora, apetecia-me esmurrar alguma coisa - Bem Edward, realmente não precisas desmarcar os teus compromissos e alterar as suas rotinas para me ensinar. Eu quando chegar a casa peço aos meus pais para me inscreverem em aulas de natação, obrigada na mesma. – disse fria, virando-se para ir embora. Ela achava mesmo que eu a ia deixar ir assim? Não mesmo!
- Espera Isabella! – disse, agarrando o seu pulso, com cuidado para não a magoar. – Esses “compromissos” não têm muita importância, podem ser facilmente desmarcados, - falei olhando directamente para os seus olhos. Eu não tinha compromisso nenhum, mas não queria entrar em maiores explicações, que podiam fazer com que ela tivesse uma imagem ainda pior da que já tinha de mim – E eu quero te ajudar, a sério. – disse-lhe, sorrindo, eu queria que ela percebesse que estava a ser mesmo honesto quando disse que seria um prazer ensiná-la.
- Err.. Se é assim… - disse ainda com uma expressão de dúvida e hesitação no rosto que me alarmou, eu não podia desperdiçar a oportunidade de estar com ela assim – Tudo bem então. – falou sorrindo acanhadamente agora – Mas chama-me antes Bella, por favor. – ignorei a mão que ela me estendeu e puxei-a para lhe beijar o rosto. A sensação de ter a sua pele em contacto com os meus lábios foi tão, tão boa. Sem conseguir resistir acariciei a sua bochecha rosada, ela tinha a pele macia, seda sobre cristal.
- Ed-Edward – balbuciou desconcertada, sorri internamente, contente por ter este efeito sobre ela – Eu vou indo, ainda tenho que comprar o fato de banho e o resto das coisas para as aulas de natação… Quando poderemos começar? – por mim seria agora mesmo, mas já que não podia ser lá teria que ser amanhã… Não gostei da ideia de ter que esperar por amanhã para estar novamente com ela.
- Por mim começaríamos já hoje! – falei empolgado – mas como isso não é possível… Amanhã, tudo bem para ti?
- Sim, claro. Encontramo-nos aqui quando as aulas terminarem? – perguntou, já mais solta, mais à vontade comigo.
- Claro Bella, estarei à espera ansioso – pisquei um olho e deliciei-me ao vê-la corar.
- Err…Vou indo então Edward, até amanhã e obrigada – despediu-se um pouco constrangida. Eu teria que moderar as minhas atitudes com ela, embora adorasse vê-la assim, eu compreendia o seu desconforto.
- Já vais? – indaguei, aborrecido, não gostei que ela fosse já embora, ainda era tão cedo…– Tudo bem, até amanhã – conformei-me, ela era nova na cidade e devia ter muitas coisas para tratar, além de ter que ir comprar tudo para amanhã. Puxei-a para lhe dar outra vez um beijo na bochecha, a sensação de tê-la tão perto era tão boa que eu podia prever que isso se tornaria um vício. Meus Deus, ela tinha que ser minha! Quando saí desta minha reflexão percebi que ela já tinha dado alguns passos para longe de mim, porra eu não podia deixá-la ir assim sem mais nem menos!
- Bella! – chamei por ela, caminhando rapidamente até ela – Será que me podias dar o número do teu telemóvel? Sabes como é, para futuras eventualidades – pisquei-lhe novamente o olho, esquecendo-me da minha recente decisão de tentar não desconcertá-la. A expressão dela foi tão engraçada, ela arregalou os olhos como se o meu pedido tivesse sido a coisa mais absurda do mundo. Deixei de achar a expressão dela engraçada quando me ocorreu que ela estivesse assim por não me querer dar o número. – Para o caso de algum de nós algum dia não poder comparecer às aulas, ou se atrasar. – Dei a primeira desculpa que me ocorreu, sorrindo calmamente.
- Claro Edward – respondeu, com uma expressão que eu não consegui descortinar bem, parecia um pouco decepcionada, mas eu não conseguia imaginar porquê. - Aponta aí – disse-me o número e eu depois fiz questão que ela ficasse com o meu também. Depois de ela ir embora fui para o balneário trocar-me e depois entrei na piscina. A água era sem dúvida o meu meio, eu adorava nadar, estar imerso, ali sentia-me livre, o pólo aquático aliou o prazer de nadar ao instinto de competição, eu adorava competir. Depois de uma hora ali fui tomar banho e vestir-me, fui para o volvo e depois decidi ir directo para casa.
Estacionei o carro na garagem e vi lá o porsche amarelo da Alice, a baixinha estava em casa.
Depois de lanchar subi para o meu quarto e como não tinha melhor que fazer procurei um DVD qualquer para ver, e acabei por escolher o “velozes e furiosos”, eu já o tinha visto algumas vezes, mas nunca me cansava.
Encostei-me nas almofadas da cama e esperei que começasse, não sei a que altura do filme apaguei, mas não tinha força para combater o peso das pálpebras, eu tinha dormido muito pouco durante o fim-de-semana e o meu corpo ainda se ressentia disso.
- Edwaaaard – Alice sacudia-me – Acorda logo seu morcego! – É, a Alice era mesmo simpática quando queria.
- Que foi? – disse, mal humorado.
- O jantar está pronto. – anunciou, pondo a língua de fora e saindo do meu quarto. Eu tinha dormido assim tanto? Lavei a cara e desci.
Sentei-me à mesa e o jantar já estava servido. O meu pai, Carlisle, falava sobre o seu novo colega de trabalho e que já o tinha convidado para o jantar, Esme, minha mãe, já o estava a planear. Revirei os olhos, detestava este tipo de coisas.
- Eu hoje fui ao shopping com a filha do teu colega! – disse a Alice para o nosso pai. – Eu simplesmente adorei a Bella! – Bella!? Estaria ela a referir-se à minha Bella? Minha? Opah, desde quando é que ela já era minha? Interessei-me de imediato pela conversa.
- Ela não se assustou contigo anã? – meti-me com a Alice.
- Ahahah, é óbvio que não. – falou, fingindo-se ofendida – Ela não sabia onde comprar umas coisas para as aulas de natação e eu e a Rose fomos com ela! – explicou – Mais tarde falamos. – Disse, olhando-me de forma penetrante. Humm, eu já podia adivinhar o que aí vinha.
Não falamos de nada muito importante durante o resto do jantar, Esme contou sobre a decoração que estava a fazer na casa de uma pessoa qualquer famosa. Quando acabei subi para lavar os dentes e deitei-me na cama, ainda indeciso se ia ou não à festa em casa do Tyler.
Trum trum trum
- Entra Alice – falei para a porta, eu já sabia que era ela.
- Vais à festa do Tyler? – perguntou.
- Ainda não sei, porquê?
- Curiosidade. O meu Jazz não vai. – declarou.
- Humm…
- Hoje saí com a Bella… - começou.
- Eu ouvi durante o jantar, podes ir directa ao assunto – respondi, quando a Alice não dizia logo o que tinha a dizer e vinha com rodeios eu sabia o que ela tinha para falar não era agradável.
- Olha Edward, sabes a minha opinião acerca do modo como encaras e levas a vida, mas a Bella é minha amiga e eu não vou deixar que a magoes! – disparou. Eu sabia perfeitamente bem que a Alice discordava acerrimamente do meu modo de vida, ela já mo tinha dito muitas vezes e isso já tinha gerado diferentes discussões. Eu detestava que se metessem na minha vida, que me viessem com opiniões e apontassem o dedo, e a Alice frequentemente fazia isso, volta e meia criticava as minhas atitudes.
- Ahn? – perguntei, queria ver até onde ela iria.
- Sabes do que eu estou a falar! A Bella contou-me que vocês iam ter aulas particulares, e conhecendo-te como eu conheço posso apostar que já estás de olho nela! Mas eu já a avisei!
- Tu o quê? – perguntei, atónito.
- Eu já lhe falei da tua fama e do teu modo de agir com as raparigas! – continuou, exaltada – Eu já disse, eu não vou permitir que a firas!
- Quem pensas que és para fazer isso, hein Alice? – esbravejei furioso, ela não tinha o direito de fazer isso, não tinha! A minha própria irmã! Já não bastava o que tinha acontecido hoje com a Tânia para a Bella ter uma imagem suficiente má a meu respeito!? A Alice tinha que a denegrir ainda mais? – Não tens o direito de te meter na minha vida, ouviste? Ninguém tem!
- Estás avisado Edward. – afirmou, saindo depois do quarto.
Soquei a cama com raiva. Eu odiava quando ela agia assim, quando pensava que era a dona da verdade. Eu amava incondicionalmente a Alice, mas odiava quando ela se metia na minha vida, nos meus assuntos. Incomodava-me o facto de a Bella neste momento estar a pensar mal a meu respeito. Respirei fundo e fui tomar um banho, não estava com cabeça para ir a festas. Depois de me acalmar um pouco graças ao poder da água quente vesti os boxers e deitei-me na cama, eu só dormia assim vestido.
Já passava das dez horas e eu não tinha sono nenhum, para além de já ter descansado à tarde não me saía da cabeça a ideia que a Bella estivesse com uma má ideia a meu respeito, e eu tinha que concordar, se a Alice lhe falou do meu modo de actuar com as meninas ela não disse nada para além da verdade. Suspirei frustrado e peguei no telemóvel, ainda bem que fiquei com o número dela, iria mandar-lhe uma mensagem.
Olá Bella! Espero não te ter acordado. Só te queria desejar uma boa noite e dizer que foi um prazer conhecer-te. Sê muito bem vinda a Seattle, qualquer coisa podes contar comigo. Já soube que hoje foste comprar as coisas para as aulas, com a minha irmã. Eu estou ansioso por amanhã. Bem, não te chateio mais.
Beijinho grande :*
Eu não tinha muito jeito com palavras, mas a mensagem fluiu bem, naturalmente. Só espero não tê-la acordado, e torcia para que ela respondesse. Pouco tempo depois o meu telemóvel vibrou.
Olá Edward. Eu já estava deitada, mas ainda não estava a dormir. Muito obrigada pelas boas vindas e pelas nossas futuras aulas. Obrigada por tudo.
Beijinhos
Sorri com a resposta dela, principalmente com a parte dos beijinhos. No que dependesse de mim eu daria muitos, muitos beijinhos na sua face de porcelana, e receberia de bom grado muitos dela também.
Não hesitei em responder de novo.
Não precisas de agradecer, vai ser uma honra para mim. Até amanhã então. Beijinho minha linda.
Já podia imaginá-la constrangida com o “minha linda”. Certo de que ela não responderia mais cobri-me com um lençol e esperei o sono vir.
Acordei estranhamente bem-disposto, e por incrível que pareça bem cedo. Eram 6:45, por isso ainda tinha bastante tempo. Tomei um banho e depois de me vestir desci para comer alguma coisa, a Alice estava a beber leite e arregalou os olhos.
- Seja bem aparecido. – falou irónica, devia estar chateada pela nossa “conversa” de ontem, eu também não gostava de falar mal para ela, mas a baixinha tirou-me do sério – A que devo a tua notável presença a esta hora da madrugada? – continuou, arisca.
Ignorei-a e fui tratar do que ia comer. Bebi um sumo de frutos naturais e comi um iogurte, depois subi e escovei os dentes, vestindo-me entretanto. Passei perfume e calcei umas nike, coloquei os livros das disciplinas que teria hoje dentro da mochila e fui até ao meu volvo. Embora eu e a Alice estudássemos na mesma escola cada um ia no seu carro. Cheguei rapidamente à escola e depois de estacionar dirigi-me para o prédio de Biologia, que seria a minha primeira aula. No caminho deparei-me com a Tânia, que veio logo insinuante na minha direcção. Ainda tinha que falar com ela a respeito daquela ceninha de ontem.
- Olá Ed… - falou, melosa. – Fiquei tão triste por não te ver ontem lá na casa do Tyler. – disse, fazendo beicinho, que, diga-se de passagem, não me comoveu minimamente. Eu tinha detestado a atitude dela de ontem, para além de me deixar mal com a Bella foi extremamente maldosa com ela.
- A sério Tânia? Vais-me dizer que não encontraste ninguém lá para quem abrir as pernas? – eu nunca tinha falado assim com nenhuma rapariga, eu não gostava de ser cruel com ninguém, nem de ferir os sentimentos dos outros, mas ontem eu percebi o quão ela é venenosa e dissimulada e ela também não se deixava magoar facilmente, ela não era do tipo sensível, era do tipo calculista. O sorriso vulgar dela logo desapareceu e os seus olhos brilharam de fúria.
- O que foi Edward? - indagou cínica – Não me digas que estás assim só porque eu interrompi a conversinha com a insonsa da novata. – desdenhou.
- Cala a boca Tânia! E não voltes a falar mal da Bella, ou as coisas podem acabar mal. – disse, tentando ocultar toda a fúria que estava a sentir e entrando na sala, graças a esta estúpida conversa já me tinha atrasado. Depois de entrar e pedir desculpa pelo atraso fui para a minha mesa do costume e fui surpreendido pela presença da Bella ali, no lugar ao lado do meu, não pude deixar de sorrir, embora o meu dia não tivesse começado bem agora tinha ficado consideravelmente melhor.
- Bom dia Bella - cumprimentei-a, falando baixinho para que não fossemos ouvidos – Tudo bem?
- Bom dia Edward, tudo bem sim. E contigo? – retribuiu a minha pergunta.
- Tudo óptimo Bella – falei olhando intensamente para ela, sendo agraciado com o seu enrubescer.
Ela virou-se para a frente, tentando prestar atenção à aula, e embora eu tentasse fazer o mesmo muitas vezes olhava para ela, tentando discernir as suas expressões, decorar os traços delicados da sua face.
A aula passou rapidamente e ela já se estava a preparar para sair quando a interrompi.
- Qual é a tua próxima aula? – perguntei, esperando internamente que fosse a mesma que a minha.
- Espanhol, e a tua Edward? – adorava ouvi-la a dizer o meu nome…
- Física, infelizmente não é a mesma que a tua. – sorri, com pena que tivéssemos que nos separar, ainda que por pouco tempo – Vemo-nos no almoço então – falei, dando-lhe um beijo na bochecha e saindo. Eu não tinha o hábito e almoçar com o pessoal na cantina, mas eu queria aproveitar todo o tempo que tinha disponível para estar com a Bella, e se ela estaria lá eu também ia estar.
E o tempo passou
Já faziam algumas semanas desde que a Bella tinha chegado à cidade, e as mudanças que ocorreram na minha vida desde então foram tantas que às vezes nem eu mesmo acredito. Eu nem reparava que tinha mudado, talvez por ter acontecido de forma natural, nada forçada, mas a Alice fazia questão de frisar isso. Eu não sabia bem descrever o relacionamento que tinha com a Bella, nós não éramos namorados – nunca sequer nos tínhamos beijado – mas também não éramos “só amigos”. Eu passava a maior parte do meu tempo com ela, e quando não estava com ela estava a pensar nela ou a falar com ela. Eu tinha deixado de faltar às aulas, acordava sempre bem cedo e ansioso por chegar à escola para a ver, era frequentador assíduo do refeitório na hora de almoço, comecei a fazer os trabalhos de casa e a empenhar-me verdadeiramente na vida escolar. Enfim, em tão pouco tempo muita coisa mudou. Eu continuava a ir à corridas e a, de vez em quando, fumar cannabis, mas ia muito menos a festas, e quanto a curtir com raparigas, bem, eu tinha virado celibatário desde aquele momento fugaz com a Jéssica no armário das limpezas. Não que eu não sentisse apelo físico, afinal a oferta era muita, mas a minha mente rebelava-se contra o meu corpo. Uma noite, após uma corrida, eu tinha quase chegado aos finalmentes com uma rapariga da qual já nem me lembro o nome, mas na hora H eu não fui em frente, era como se estivesse a trair a mim mesmo e a Bella agindo assim. É, eu ia ficar maluco, porque definitivamente eu não tenho vocação para monge. A minha relação com a Alice também tinha mudado, para melhor, ela agora apoiava-me inteiramente em relação à Bella, afirmava categoricamente que ela a miúda certa para mim. Mas… Eu não sabia bem o que sentia em relação a ela, era tudo tão novo e intenso. Eu adorava cada minuto que passava ao lado dela, as nossas brincadeiras na piscina, o seu sorriso, o seu olhar, a tonalidade da sua pele, cada ínfimo detalhe e pormenor que lhe pertenciam, mas eu ainda não tinha bem a certeza do que fazer, eu sempre fugi de compromisso, mas eu já estava mais do que comprometido com ela… Eu não podia negar que me atraía fisicamente por ela, no entanto o desejo de a conhecer, de simplesmente estar com ela, de a compreender, suplantavam a necessidade física, eu queria o corpo dela, mas queria muito mais a sua alma, o seu coração.
- Então pah, estás a dormir? – o Jasper abanou-me.
- Ahn? Não…
- Estou há mais de meia hora aqui a falar para o boneco… Mas eu dou-te um desconto, afinal o nosso indomável Edward conheceu finalmente as maravilhas do amor…
- Não sei do que é que estás a falar… – desconversei.
- Hummm, será que não? Quer-me parecer que estás caidinho… “Será que a Bella chegou bem a casa?”, “Ai, ela não está a responder às minhas mensagens”, “Será que aconteceu alguma coisa?” – fez uma voz fina e totalmente gay.
- Eu não sou assim. – disse, fingindo estar chateado, mas não conseguindo esconder um sorriso. Afinal de contas eu era assim mesmo.
- Estás apanhadinho, eu sei o que isso é. – disse, indo depois embora, eu ia para o ginásio, ia ter aula com a Bella, o meu momento preferido do dia.
Entrei na água e fiquei à espera que ela chegasse, naquele dia eu ia dispensá-la do uso da plaquinha azul, ela já estava em condições de nadar sem aquilo. A Bella estava um bocado temerosa, mas logo, tal como eu previa, conseguiu nadar sem a placa. Ainda era um pouco desajeitada, mas era normal. A cada dia era mais difícil estar perto dela e não a tocar, não a beijar, e naquele dia a minha capacidade de reprimir essas vontades estava ainda mais fraca.
Depois de termos feito alguns saltos ficamos a brincar na água, a Bella adorava subir para as minhas cavalitas e atirar-se, passaram-se alguns minutos e eu podia pressentir que ia sucumbir à vontade de beijá-la, experimentar o sabor dos seus lábios. Tirei-a dos meus ombros, agarrei-a pela cintura e coloquei-a à minha frente. Naquela zona da piscina ela não tinha pé, mas eu segurei-a, mantendo-a junto ao meu corpo. Sem resistir mais subi uma das mãos para o seu delicado ombro e comecei a fazer festinhas, movimentos circulares. Ela não se manifestou, só me encarava, até que repousou a cabeça no meu peito e essa foi a melhor sensação que eu já experimentei na vida. Tê-la ali nos meus braços era tão certo, era como se tivéssemos nascido para isto. Afaguei o cabelo dela com carinho, enquanto esperava uma reacção dela, e quando ela ergueu novamente a cabeça coloquei uma mecha que se tinha desprendido atrás da sua orelha com a ponta dos dedos.
Olhando sempre nos meus olhos, vendo se tinha ou não permissão da parte dela para prosseguir, inclinei o rosto na sua direcção e comecei a distribuir beijos suaves por todo o seu rosto, ela não hesitou em qualquer momento, não se mostrou desconfortável com a situação, o que me deixou mais confiante para continuar, para dar asas à minha vontade.
- Eu não aguento mais Bella. – sussurrei aproximando ainda mais o meu rosto ao dela, sempre sem desviar olhar do seu rosto e lábios – Eu preciso disto.
Segurei o seu rosto com as duas mãos e inclinei-me devagar, foi apenas um movimento ligeiro, mas o suficiente para lhe tocar os lábios aveludados, primeiro ao de leve, como quem prova um doce, depois com sofreguidão, a gula tornada fome; os seus lábios virginais eram pétalas açucaradas, gomos deliciosos que se abriam como uma flor diante do Sol. O dia fez-se noite e perdemo-nos para lá do horizonte, num paraíso de sensações e sentimentos, afogados um no outro, derretendo num amor incandescente. Era como se nada mais existisse no mundo; havia apenas eu e ela, e aquele instante em que os lábios se colaram e os nossos corações se fundiram num só.
Eu estava, tal como o Jasper disse, caidinho, perdidamente apaixonado. Eu tinha finalmente encontrado a minha motivação
Twikiss :)
4 comentários:
Adorei o capitulo,tanta ficção e é muito "porco"
Ficção sim, porco não! Não era nada demais Darita! É fantástico! :D
Twikiss :)
Nada de mais!?!deixa-me relembrar-te.
Armário de limpezas,falta de roupa interior,penetraçãõ.......
Olhe os modos dona Darita!
Twikiss :)
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