E como vocês já sabem, eu ando a colocar as fics aqui do blog em ordem, e hoje é o dia de actualizar a "Too Lost in You"? Saudades? Espero que sim :) E aqui vai o 6º capítulo! Boas Leituras :)
POV Bella Swan
Fui dormir feliz, com todos os meus temores momentaneamente esquecidos. Estava ansiosa pela manhã que aí viria, algo me dizia que o dia prometia…
Acordei por volta das 7:30. Eu sabia que não ia conseguir dormir muito mais, independentemente de hoje ser sábado. Para além de estar habituada a acordar cedo durante a semana para ir para a escola a ansiedade por daqui a pouco estar com o Edward já me consumia.
Espreguicei-me e levantei-me, fui à casa de banho lavar o rosto e desci para comer algo. A casa estava mergulhada em silêncio. O meu pai deve ter chegado tarde do plantão, o Emmet deve ter ficado até às tantas a curtir a vitória e a Renée no fim de semana gostava de dormir um pouco mais.
Aqueci um pouco de leite e bebi, apenas isso, não estava com grande apetite. Subi para o quarto já a pensar no que iria vestir. Segundo o Edward seríamos só nós os dois, por isso com certeza não se tratava de nada formal. Escolhi umas calças skinny e uma t-shirt verde alface e calcei umas sapatilhas, algo bem simples mesmo e já estava pronta. Olhei para o relógio e eram 8:23, cedo demais ainda. Fui escovar os dentes e lavar novamente a cara, encarei o espelho, eu não estava assim tão mal. 8:37, será que o relógio parou? Cedo demais, cedíssimo… Penteei o cabelo e decidi deixá-los soltos, coloquei uma borracha no pulso para o caso de durante o dia decidir amarrá-lo.
8:45, eu ainda tinha que esperar uma hora e tal… Já que tinha que esperar e tinha decidi tornar o tempo rentável, peguei nos livros da escola e comecei a adiantar o que tinha para fazer… Assim se o Edward amanhã me convidasse para fazer algo eu não teria qualquer empecilho. Sonha Bella, sonha… Inglês e Filosofia já estava feito, agora seria a vez de matemática... Argh, não estava com grande vontade de fazer cálculos, mas lá teria que ser. O telemóvel que já estava no meu bolso vibrou, peguei nele rapidamente, certamente seria Edward. E era…
"Bom dia Bella! Já estás acordada? Beijos"
Olhei para o relógio, eram 9:17, já faltava pouco para finalmente estarmos juntos…
"Bom dia Edward! Sim, já acordei há algum tempo. Beijos"
Se ele soubesse o que esse “algum tempo” verdadeiramente significava…
"E já estás pronta? Eu já estou, e se quiseres já passo agora aí… Mas não quero te apressar! Demora o tempo que precisares… Beijinho"
Se eu estou pronta!? Há séculos…
"Já estou pronta sim Edward. Podes passar, fico à tua espera. Beijo"
Suspirei, dentro em breve estarei com ele, junto a ele…
"Já estou saindo de casa… Até já minha linda. Beijinho grande"
Peguei em dinheiro e no telemóvel, olhei uma última vez para o espelho – embora eu não fosse muito vaidosa queria estar apresentável e parecer minimamente bonita aos olhos de Edward - e desci para a sala, onde esperaria por ele.
Sentei-me no sofá e passados uns dez minutos escutei uma buzina e um carro a abrandar. Era Edward, eu até já conseguia distinguir o barulho do volvo… Saí rapidamente de casa, trancando a porta e dirigi-me para o carro.
- Bom dia – falei abrindo a porta do carro.
- Bom dia Bella – respondeu Edward sorrindo e dando-me um suave beijo nos lábios, fazendo com que eu corasse ligeiramente.
- Er.. Então, estamos a ir para onde? – tentei meter conversa e finalmente descobrir onde iríamos passar o dia.
- Daqui a nada vês Bella – falou sucinto, pegando na mão que estava sobre a minha perna e entrelaçando os nossos dedos.
- Hummm, ok… - não encontrei nada melhor para dizer. Olhei pela janela e tentei descortinar o nosso destino, mas não consegui reconhecer o caminho. O Edward permanecia imerso nos seus pensamentos, por isso achei melhor não puxar assunto.
Dirigíamo-nos para os limites da cidade, percebi isto porque reparei numa daquelas plaquinhas de beira da estrada que dizia “Volte Sempre, Seattle espera por si”, será que iríamos muito mais longe?
- Já estamos perto Bella, dentro de uns cinco minutos chegamos – Edward elucidou-me. Sorri-lhe e acenei brevemente com a cabeça. A paisagem que agora nos envolvia era completamente diferente da anterior, grandes prédios, edifícios e indústrias deram lugar a terrenos quase desprovidos de vegetação e quase sem mão humana. Ao fundo havia um enorme armazém, se é que podia ser chamado assim, e alguns carros lá estacionados. Ao que parece era para lá que o Edward estava a ir. Depois de estacionar o carro e de abrir a porta para mim, o Edward tirou uma cesta da mala do carro e deu-me a mão, então dirigimo-nos para o interior do “armazém”.
OH.MEU.DEUS. Pisquei os olhos algumas vezes, mas mesmo assim a imagem que eu julgava ser ilusão não se dissipava. Eu estava completamente sem palavras, eram mesmo balões de ar quente à minha frente? Nós íamos andar de balão??
- Bom dia senhor Cullen – falou um homem de meia idade, que deveria ser o responsável pelos balões – deseja partir agora?
- Bom dia senhor Smith, sim nós iremos agora. – o responsável conduziu-nos a um imenso balão cor de laranja e amarelo, entregou-nos um pára-quedas a cada um e arrastou o balão, usando um aparelho que eu não fazia a mínima ideia de como se chamava, para o exterior. Depois de isto tudo retirou-se, deixando-nos a sós. Como assim? Quem iria “conduzir” o balão?
- Então Bella – falou Edward, provavelmente percebendo o quanto eu estava apreensiva – Preparada? – continuou, enquanto acariciava a minha face.
- Sim – não quis mostrar-me insegura.
Subimos para dentro do balão graças a uma escada adjacente existente, a qual foi dispensada depois de estarmos lá dentro. Depois de uma explicação básica do Edward sobre o funcionamento do balão ele ligou o queimador – onde existia propano líquido – e o balão iniciou a suave subida.
À medida que o balão ia subindo lentamente o meu medo ia-se dissipando, talvez para isso contribuísse o facto de o Edward me abraçar por trás, enquanto eu estava debruçada sobre a cesta do balão. Era relaxante a sensação de flutuar ao vento, sem destino definido, com a amplitude total da paisagem, admirar o vasto horizonte que se desenhava à nossa volta, sentir o silêncio absoluto, cruzar os céus embalada pelo sopro do vento... Suspirei feliz, era tão bom estar ali…
- Então Bella – começou Edward, dando-me um suave beijo no pescoço – gostaste?
- Sim Edward – falei, virando-me para ele – Como poderia não gostar? Eu nem sei descrever o que estou a sentir neste momento…
- Ainda bem minha Bella – disse enlaçando-me pela cintura e puxando-me para um abraço. Ergueu o meu rosto e deu-me um terno beijo nos lábios, beijo este que se foi transformando em algo mais intenso, devastador.
- Minha Bella – disse quanto terminamos o beijo, juntando as nossas testas… - Eu acho que precisamos de falar…
- Sim… - concordei reticente, tinha medo que algo que ele dissesse pudesse quebrar a magia do momento. Ali, a voar com ele, tudo parecia incrivelmente perfeito.
- Er… Bem… - o Edward a gaguejar? Sempre pensei que essa era eu… Ele parecia nervoso, e agora só uma das suas mãos prendia a minha cintura, com a outra ele mexia freneticamente no cabelo – Eu ensaiei um discurso, pensei mil vezes no que te ia dizer, mas agora parece que a minha mente ficou em branco. – limitei-me a dar-lhe um pequeno sorriso encorajador – Bella – disse amorosamente enquanto colocava uma mecha do meu cabelo atrás da orelha – desde que chegaste àquela escola, desde que eu pus os meus olhos em ti, a minha vida deu uma volta de 180º, no mínimo – deu um pequeno sorriso –chegaste de mansinho e tomaste conta de todo o meu ser – falou com uma sinceridade comovente.
- Edward – tentei falar algo, mas ele calou-me logo, colocando um dedo nos meus lábios.
- Por favor Bella, deixa-me acabar – continuou – eu quero que saibas que o sinto por ti não tem a mínima comparação possível com o que quer que seja que tenha acontecido na minha vida antes. Eu sei que já deves ter ouvido várias histórias sobre mim e acerca de todos os “casos” que eu já tive no passado, mas eu quero que tenhas presente que desde que entraste na minha vida todas as que já passaram por ela deixaram de ter qualquer valor, tu passaste a ser a única – continuou, o olhar dele nunca abandonando o meu – e eu não quero um casinho de uma noite contigo, eu quero que sejas minha hoje, amanhã e sempre. – eu podia sentir os meus olhos marejados e uma esperança e alegria sem fim a apoderarem-se de mim – Então, Isabella Swan eu amo-te, aceitas ser minha namorada?
- Sim, sim, sim! – exclamei feliz e saltando para o colo de Edward, a esta altura eu já não queria saber de mais nada para além de estar ali com ele. – Eu também te amo Edward, muito! – declarei, e logo demos um beijo repleto de amor e carinho, um beijo de reconhecimento, sem qualquer medo ou insegurança, que selou o nosso compromisso um com o outro.
- Minha Bella – murmurou, distribuindo beijinhos pelo meu rosto. – Então – começou, olhando para mim – Estás a apreciar a vista?
- Oh Edward, isto é tão maravilhoso! A coisa mais bonita que já fizeram por mim! – disse, contente.
- Tu mereces tudo Bella…
Voamos suavemente sem a mínima trepidação, trocando beijos e carinhos, por cima de montes e vales, vinhas e pinhais, vimos pequenos animais, como coelhos e lebres e até por vezes javalis. Nem dei conta que o tempo passava, até que o meu estômago roncou, fazendo-me passar por uma enorme vergonha.
- Então, o que te parece fazermos uma paragem e almoçarmos? – perguntou Edward divertido.
- É, parece que o meu estômago encarregou-se disso. – ri, sabendo que estava corada.
Edward manobrou o balão de modo a que aterrássemos numa planície, onde existiam algumas árvores. Depois de desligar o queimador fixou o balão e tirou a cesta que tinha trazido o seu interior; pegou na minha mão a conduziu-nos a um local onde ficavam algumas árvores. Estendeu uma toalha aos quadrados vermelhos e brancos no chão e sentou-se encostado numa árvore, chamando-me para o seu colo, com a cesta bem pertinho de nós.
- Então, minha Bella – começou, enquanto tirava diversas coisas da cesta – temos sandes de panado, sandes mistas, água, coca-cola, rissóis, croquetes, morangos, uvas e chocolate negro – enumerou – o que a senhora deseja? – falou brincalhão.
- Hummm… - coloquei um semblante falsamente pensativo olhando para ele – uma sande de panado e uma coca-cola, por favor.
Edward estendeu-me o que eu pedi e serviu-se do mesmo. Enquanto comíamos olhávamos muito parvos um para o outro, ele era tão fascinante…
- Então, estava tudo do teu agrado? – perguntou quando acabamos.
- Estava tudo perfeito Edward.
- Ainda bem princesa – Princesa? Adorei a forma como soou… Ele era tão carinhoso… - E agora? Preferes morangos ou uvas?
- Morangos – respondi rapidamente. Ao contrário do que pensei Edward não mos entregou como fez com a sande, em vez disso ajeitou-me melhor no seu colo e pousou o tupperware numa das suas pernas.
- Abre a boca – falou sorridente. Eu percebi a sua intenção e abri a boca hesitante, afinal de contas era algo totalmente novo para mim, no entanto eu estava adorando ser mimada e tratada dessa forma por Edward. Abri a boca e trinquei o morando, degustando-o.
- E então? Estão bons? – perguntou com um sorriso sensual.
- Estão óptimos – falei, pegando noutro morango e dando-lhe na boca, repetindo o que ele fez comigo. – Não concordas? – indaguei, muito próxima, com a boca a milímetro da sua.
- Não poderia estar mais de acordo – murmurou, acabando de comer o morango e puxando-me para um beijo. Deitamo-nos na toalha e ficamos assim durante algum tempo, cada um mergulhado nos seus próprios pensamentos. Eu estava debruçada sobre o peito de Edward e ele afagava o meu cabelo, enquanto falávamos sobre os assuntos mais triviais, a minha infância e a dele, a minha vida em Forks, coisas corriqueiras mas que nos permitiam conhecermos melhor um ao outro. Até que Edward se mostrou curioso quanto à minha inexistente vida amorosa.
- E então princesa? Quem foi o teu primeiro beijo? O teu primeiro namorado? – perguntou brincalhão, mas o seu tom era verdadeiramente curioso.
- Eu tenho mesmo que responder Edward? – indaguei já corada, eu sentia um estranho constrangimento em dizer que antes dele eu nunca tinha beijado ninguém, tinha receio que ele pensasse que eu era tão pouco desejável ao ponto de nunca ter conseguido atrair a atenção de qualquer rapaz.
- Ter não tem, mas eu gostava de saber. – disse com ternura.
- Err, foste tu Edward… - respondi, escondendo o meu rosto no seu ombro.
- É sério isso? – perguntou com o rosto feliz e surpreso.
- Sim… Podes gozar…
- Eu gosto de saber isso Bella, saber que serei o único a saborear os teus lábios, a ter–te como minha…
- E tu? Quando foi o teu primeiro beijo e quem foi a tua primeira namorada? – rebati.
- O meu primeiro beijo foi com onze anos, com uma menina que eu nem me lembro o nome… E a minha primeira namorada és tu.
- Sério mesmo Edward? – perguntei confusa, afinal de contas pelo que eu sabia o Edward era bastante conquistador.
- Sim princesa, apesar de tudo eu nunca gostei o suficiente de uma rapariga para ter algo com ela. – explicou, e eu senti-me extremamente feliz com isso.
Continuamos ali a conversar, o Edward falou-me da equipa de pólo aquático, do próximo jogo que teriam, quais os adversários mais temidos, elogiou o desempenho do Emmet, … Quis saber o que eu gostava e não gostava na cidade, quais eram os amigos que eu já tinha feito… E entre carícias e afagos a tarde passou rapidamente. Ajudei o Edward a arrumar as coisas e voltamos para dentro do balão, o qual ele pôs rapidamente a funcionar. A vista era tão bela, estava quase na altura do pôr do sol e a luz parecia mergulhar no horizonte. Estar ali, no céu, onde tudo parecia possível, com a pessoa mais importante da minha vida parecia surreal. Em cerca de quarenta e cinco minutos chegamos ao “armazém” e o senhor Smith depois de nos saudar guardou o balão, o Edward deu um jeito de eu não ver quanto é que ele tinha pago por este passeio. Achei melhor nem ver mesmo, acho que teria algum treco se soubesse a quantia.
- O que achaste do nosso dia princesa? – perguntou Edward já dentro do carro, enquanto conduzia para minha casa.
- Eu adorei Edward, de verdade – respondi enternecida. O dia tinha sido tão fantástico, todo o cuidado que ele teve, o tempo que perdeu a planear tudo até ao mais ínfimo pormenor…
- Ainda bem que gostaste minha Bella, eu vou fazer sempre o possível para te deixar feliz. – arrematou, dando-me um sorriso deslumbrante.
Fui o resto do caminho a brincar com os dedos da mão ele, que estavam repousados na minha perna, enquanto conversávamos banalidades, parece que entre nós o assunto nunca esgotava.
Quando avistei a rua da minha casa fiquei um bocadinho triste, não queria ter que me separar já dele…
- Estás entregue princesa – disse, depois de encostar o carro em frente à minha casa e virando-se na minha direcção.
- Obrigada mais uma vez pelo dia Edward, foi tudo perfeito – disse – Eu te amo – declarei, aproximando-me dele para o beijar.
- Até amanhã minha Bella – despediu-se, depois de alguns minutos em que ficamos a beijarmo-nos.
Entrei em casa e ao que parece ninguém estava. Fui até à cozinha e havia lá um recado.
Bella, o Emmet saiu para jantar com uma rapariga (não me lembro do nome dela), e eu e o teu pai também fomos a um restaurante aqui da cidade. Se chegares com fome há comida no frigorífico. Qualquer coisa liga!
Beijos, mãe
É, ao que parece estava sozinha em casa. Bebi um copo de sumo de frutas e subi para o meu quarto, tomei banho e depois de lavar os dentes e vestir o pijama deitei-me na cama. Fiquei repassando todos os momentos do dia por largos minutos até que o meu telemóvel que estava em cima da mesinha de cabeceira vibrou.
"Boa noite minha Bella! Só me deu vontade de repetir que te amo. Eu amo-te, muito. Beijinhos, sonha comigo princesa."
Sorri comigo mesma, ele era tão meigo e dedicado, tão gentil…
"Boa noite Edward, vou sonhar com certeza. Eu também te amo, tanto… Beijinhos :*"
Voltei a pousar o telemóvel e deitei-me debaixo das cobertas, suspirando enquanto pensava num encantador rapaz de olhos verdes e cabelos acobreados, o meu namorado.
O que acharam? Este é, sem dúvida um dos meus capítulos favoritos! É perfeito!
Twikiss :)
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